quarta-feira, 28 de maio de 2014

Black Mama, White Mama, 1973


Lee Daniels é namorada do maior cafetão e traficante de drogas de uma ilha, e ela fugiu com quarenta mil dólares de seu dinheiro. Karen Brent é membro de um grupo guerrilheiro. As duas são as novas detentas de um presídio, no qual, para se dar bem, devem fazer favores sexuais para uma guarda. O grupo de Karen não medirá esforços para libertá-la e o chefão de Lee quer recuperar seus dólares, a qualquer custo. As duas começam a perceber que é preciso deixar de lado suas diferenças para poderem salvar suas peles.

Esse filme é daqueles que o Tarantino assiste e se masturba muito. Tudo começou, aliás, nos quartinhos do fundo da locadora da qual ele prestava seus nobres serviços, ainda criança. Uma obra que exala muitas questões humanas como o preconceito racial. Duas mulheres ( gostosas, claro! ) tem que aprender a lidar com a personalidade da outra, afinal, ambas estão conectadas por uma corrente! Uma é loira e a outra é a Pam Grier!

Pegando o que os chamados "Women In Prison" tem de melhor, para quem não sabe essa é um sub-categoria que explorou, principalmente nos anos 70, as mulheres destemidas. Mas só depois que as mesmas sofressem nas prisões. Sempre tinha uma cena de banho, onde a nudez feminina enche as calças dos espectadores sedentos mas também das carcereiras lésbicas! Como ficou muito claro nessa obra prima ( sqn )

O único problema do filme é a roupa. Ela assombra nossa visão. Seria muito mais interessante se tivesse mais cenas de nudez e putaria, afinal, que se dane roteiro e atuações. Ao longo da aventura das duas protagonistas ( algo parecido com Bear Grylls, em A Prova de Tudo ) elas se veem em caminhos perigosos, sobrevivendo somente com saborosas mangas e matando senhores - bêbados - indefesos. Destaque para a cena em que elas se vestem de freira, enfrentando com coragem a lógica de se vestir algo com uma corrente no braço (?) e a feliz cena em que a loira tira sua calcinha e coloca enrola em um mais feliz ainda cachorrinho. Esse conquistador tem, então, a obrigação de levar a calcinha por entre os matos. É fácil perceber a metáfora de uma calcinha suada por entre a imensidão da selva perigosa com suas mangas, freiras e um sádico vilão que possui várias mulheres-escravas-peladas que o acariciam infinitamete, mas nunca transam. Seria essa prova da sua incapacidade sexual?

Sorte que temos a musa Pam Grier para aquecer nossos corações, pois esse filme é de fortes emoções. Incluindo slow motions de tirar o fôlego, para apimentar ainda mais a dor da morte. É uma verdadeira obra poética, como uma verdadeira obra poética deveria ser.

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