sábado, 15 de fevereiro de 2014

#06- Assisti na Semana

O Cérebro Que Não Queria Morrer ( 1962 )


O jovem cirurgião Bill faz experiências secretas em seu laboratório, com o objetivo de conseguir sucesso no transplante de membros humanos, utilizando um soro especialmente desenvolvido para evitar a rejeição. Quando ocorre um grave acidente de carro que vitimou sua noiva Jan, ele consegue recuperar apenas sua cabeça dos escombros e decidiu mantê-la viva em seu laboratório, repousando-a numa bandeja com o soro. Agora, o desafio do cientista é encontrar um corpo de uma bela mulher, sem chamar a atenção da polícia, para tentar uma cirurgia de transplante na cabeça da noiva, que por sua vez não aceita a condição monstruosa em que se encontra.

Bebendo da fonte de grandes clássicos do cinema onde existe um cientista que, por eventualidade, resolve fazer uma experiência maluca com o corpo de outrem, "The Brain That Wouldn't Die" - por sinal um título deveras interessante - é um ótimo exemplo dessa safra de filmes. Realizado nos anos 60, ele adapta bem a sua história com o orçamento, claramente, "limitado". Algumas cenas se mostram extremamente forçadas, mas não deixa de ser interessante acompanhar o desespero de uma cabeça (?) 

Achei interessante a questão "manipulação da morte", é tanto que o filme começa com a frase "deixe-me morrer" e, de certa forma, termina com a mesma. Só que essas questões se perdem em enrolações desnecessárias, a realidade é que ele não se define muito. Espera nos últimos minutos para revelar certas coisas e, quando percebemos, já subiu os créditos. Por incrível que pareça, os melhores minutos são os iniciais, onde temos uma discussão entre pai e filho - ambos médicos - onde o paciente morre e o filho decide, então, aplicar os seus métodos, vangloriando-se que irá salvar o seu paciente. 


Nota: 2/5


Sim ou Não ( 2010 )


Primeiro filme com temática lésbica Tailandês. Pie é uma garota doce, que se muda para um novo dormitório no colégio, onde ela descobre que a sua nova colega de quarto Kim, é uma tomboy que se veste e parece com um garoto. No desenvolver da amizade, Pie e Kim começam a se perguntar se os seus sentimentos são mesmo somente de amizade, ou se são sentimentos de amor verdadeiro.

É impressionante a minha capacidade de chorar em 99,9% dos filmes de "romance docinho" asiáticos. Não sei, tem um ar de inocência que me faz bem, me entrego mesmo à esse clima. Aliás, como um ser dependente de histórias, eu uso muito no dia a dia essa inocência asiática, seja para criar histórias, escrever, ler etc. É engraçado, desde muito criança eu tenho um amor pela cultura deles, sempre os achei meio fechados, reservados. E quando comecei a assisti-los/senti-los através da sua arte, eu fiquei boquiaberto. Quanto coração para pouca demonstração, eu pensei. E foi assim, acho eu, que me identifiquei com esse cinema. Aqui em especial eu destaco os romances, aqueles que, assim como "Sim ou Não", não esperam ser obras primas, receber prêmios e etc. Pelo contrário, querem fazer você chorar. Fisgando, principalmente, os jovens. E como é bom perceber um carinho e dedicação em contar uma história sobre a descoberta sexual. Tema inédito para o cinema tailandês, por sinal.

Muito parecido com doramas, como no uso exagerado dos efeitos sonoros e alguns cortes, o filme constrói os personagens timidamente, se faz em base a própria descoberta. Ele se descobre agridoce, e principalmente se descobre importante na sua simplicidade. Analisando somente o filme, é óbvio que encontraremos inúmeros defeitos e enrolações, mas eu prefiro centrar na questão: Temos aqui um conteúdo bacana, sobre um tema bacana e estamos fazendo a nossa parte em passar adiante. Ponto. Se existe tantos fãs ao redor do mundo, que amam essas duas personagens, então tá feito. A mensagem chegou em quem deveria e, da maneira mais meiga possível, "Yes or No" se tornou mais um simbolo.



Nota: 4/5

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...