quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

#05- Assisti na Semana ( Maratona de filmes )



Essa semana aproveitei para fazer uma maratona de filmes ( talvez a última que eu faça no ano, pelo menos tão frenético assim ) e, em três dias, assisti 20 filmes. Sem contar os outros dias. Enfim, junto a isso eu consegui os torrents de filmes que estava esperando dos principais filmes cogitados para o Oscar 2014.

Mas também aproveitei para assistir alguns clássicos interessantes. Uma ferramenta interessante do Filmow é a criação de listas. Vou colocar todos os filmes que eu ver no ano de 2014 ( aqui ) como fiz em 2013 ( aqui ). Esses filmes anotados são os que eu vi pela primeira vez/ vi há muito tempo e nem me lembrava. Ou seja, claro, tem muitos filmes que eu assisto umas 10 vezes ao ano e não anoto.

Vou fazer pequenas observações de alguns filmes que assisti na minha maratona:


Talvez um dos mais insanos do Takashi Miike. Falar do entendimento dele é um tanto quanto bizarro ( igual ao próprio filme ). Terminei de assistir, não me chocou, pelo contrário, eu amei a história dessa família. Tantos filmes que falam sobre a família e a situação dos jovens, o que acontece em Visitor Q é a mesma coisa. Mas, claro, a violência e o sexo são elementos para compor isso. Causando estranhamento e deve causar mesmo. O leite materno me deixou perplexo, a necrofilia, o incesto, o filho que bate na mãe e apanha na rua. Enfim, todas bizarrices nos mostra a fragilidade daquela família, sua desestrutura, e a própria realidade do mundo. Onde o sexo, droga e violência se revela como um desabafo dos jovens para com seus pais. 

O fato é que antes de assistir não tinha lido sinopse, não sabia nada. Fiz uma interpretação e depois procurei outras interpretações. Todas muito interessantes. É um filme sinistro.

Nota: 3/5 

Ata-me! ( 1990 )

Não sei por qual motivo ainda não tinha visto esse filme. Que delicia! Antonio Banderas é o cara, tem uma coisa no olhar dele que casa perfeitamente com o Almodóvar. Átame é uma homenagem ao filme "Bilbo", um dos primeiros do Bigas Luna.  
A naturalidade que cerca aquela situação nada normal é apaixonante. Estar preso e amando estar, o sequestrador chorando como criança por não ter o amor da moça. Enfim, ele foi fazendo, tomando atitudes mas nunca parou pra pensar nas consequências. Pelo simples fato de não ter. Com Almodóvar a donzela se apaixona simplesmente por não ter medo. Por ser viciada em sexo e ter encontrado na loucura a sua maior amiga. Viva a loucura! 

"Lucidez é um acesso de loucura ao contrário"

Nota: 5/5

A Passagem ( 2005 )

Não sei por qual motivo, mas desde que vi imagens desse filme eu quis assistir e sabia que era bom. Estava pesquisando pelos trabalhos do Ryan Gosling ( um dos melhores atores da sua geração ) e me surpreendi quando encontrei dois tesouros, esse "A Passagem" e "Tolerância Zero". A Passagem é uma homenagem clara ao David Lynch mas isso não tira o fato de ser bom. Não o vejo como inovador, a ideia principal já foi usada outras vezes ( me lembro de poucos ) mas tudo se encaixa perfeitamente. Não paramos de assistir por estar monótono ou difícil de entender, pelo contrário, há alguns detalhes mínimos que são bacanas de se notar.

Para quem já assistiu: O personagem do Ryan Gosling está imaginando toda uma vida, usando todos os elementos que estão a sua volta em um acidente de carro, certo? O Dr. Sam ( Ewan Mcgregor ) está abaixado o ajudando o rapaz junto com a Lila ( personagem da Naomi Watts ), certo? Pois bem, agora assista de novo e veja que as calças do doutor são curtas o filme todo. Eu não entendia o porquê disso. E me achei um gênio ao fisgar isso ( ^__^ ) 

Outra coisa são as vozes que, no primeiro encontro com o psicólogo, o rapaz menciona ouvir. Essas vozes são as pessoas ao redor do carro, no acidente. Assim como a menina que ele era apaixonado, que trabalhava na lanchonete, pode muito bem representar a Naomi Watts, a qual ele pede em casamento. Nossa, que cena é essa. Emocionante. Um pedido de casamento pelo simples fato de faze-lo enquanto é tempo. 

Nota: 4/5

Tolerância Zero ( 2001 )

Protagonizado por Ryan Gosling, esse tesouro passa por um tema muito explorado - quase todo ano tem um filme que fala sobre a questão, direta ou indiretamente - mas tem dois pontos que o fazem destacar: Atuação e um personagem bem desenvolvido.

Muito parecido com "A Outra História Americana", Tolerância Zero nos apresenta um jovem que estudava em uma escola judaica e, com o passar do tempo, começa a odiar tudo isso e se torna um anti-semita. Então, no desenrolar temos esse drama do personagem, em tentar passar por cima do seu passado no mesmo tempo que sempre retorna a ele, nem que seja na sua própria fúria. Muito interessante o desfecho dessa história.

Nota: 3/5

Bilbao ( 1978 )

Eu, fã do Bigas Luna, estava procurando esse filme há muito tempo. A história chamou minha atenção. Um homem começa a desenvolver uma paixão/obsessão por uma prostituta, ao ponto de seguir seus passos e sequestra-la. Bem, é isso. Bilbao é bem experimental, dá para ver elementos que viriam a fazer parte do trabalho do diretor, não só no ótimo "Jamón, Jamón" como no "Os Olhos da Cidade São Meus", tem um clima meio claustrofóbico. Enfim, vale pela experiencia mesmo. Achei um pouco cansativo.

Nota: 3/5

Robotrix ( 1991 )

Filme chinês com muitos peitos, mulheres lutando, "robôs", história credita, enfim. Altas diversões. Uma policial morre e, para combater um senhor malvado que se transformou em um robô fodão, cientistas gostosas a transformam em um robô também. Com super força, velocidade e fome por sexo. Claro, porque robôs também tem direito de sentir prazer em seus parafusos. Diversão garantida. Assistam essa pérola do cinema chinês que, inclusive, foi muito censurado em seu lançamento.

Nota: 3/5 


Filme doce sobre a amizade, namoro, paixão, amizade colorida, beijo, amasso, ter, não ter, querer, não poder querer etc. Tudo para ser clichê mas, alguns filmes, conseguem ser usar o clichê ao seu favor. Criando alguns elementos que sustentem a eventual mesmice no roteiro. Criar uma história de romance seja amizade ou não, sempre vai usar o que já tem, porque relacionamentos são iguais. O que difere são as pessoas as quais nos relacionamos. E são elas que muda tudo. O beijo muda, então é um elemento. O confiança muda, então é outro elemento. Enfim, a química dos protagonistas, a sinceridade dos acontecimentos, tudo faz com que seja diferente dos demais. O bom clichê. Celeste e Jesse são lindos, há momentos suaves e verdadeiros, como as brincadeiras que os dois fazem ou a preocupação de ambos. 

" Eu posso acreditar que eu vou ter um filho e não é com você"

Nota: 4/5

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